Os fatos reais em the town of light

 The Town of Light 



É um jogo desenvolvido de forma independente pelo estúdio italiano LKA usando a engine Unity.

Renée, personagem principal e uma das pacientes do hospício,  alguém que enfrentou o horror de uma instituição psiquiátrica. Seguindo pelos labirintos da mente de Renée nos colocamos dentro de uma história de abuso, violência e melancolia que aconteciam no hospício de Valterra. 

Ao caminhar pelos corredores do hospital, Renée vai encontrando documentos e artigos de jornais que vai fazendo com que ela se lembre aos poucos sobre as coisas que passou naquele lugar.

O jogo faz que a diferença entre loucura e realidade sejam incrivelmente tênue em um ambiente no qual seus habitantes são considerados menos do que seres humanos, o jogo retrata os enfermeiros maus que colocavam para fora seus desejos mais cruéis e médicos que faziam experiências macabras como se estivessem diante de ratos de laboratórios.



A LKA fez uma pesquisa bastante densa sobre a história do hospital, constatando testemunhas, perfis psiquiátricos e livros para misturar a ficção do jogo com os fatos reais que aconteceram naquele lugar.


Volterra



Hospital psiquiátrico localizado em uma colina em uma área florestal, na Itália em cidade de mesmo nome fundado em 1888 e fechado em 1978  devido à adoção de uma nova lei sobre cuidados de saúde mental na Itália, que estabelecia que todos os hospitais psiquiátricos existentes deveriam ser fechados.


Tratava mais de 6 mil pacientes, esse hospital ficou conhecido por seus tratamentos cruéis com seus pacientes. Os pacientes eram testados em áreas como terapia de eletrochoque, pílulas e indução de coma de insulina. ficou muito conhecido pelo fato de que as pessoas que lá iam nunca mais voltavam . 

Existem muitos segredos aprisionados nas paredes que abrangem  o que hoje em dia não passa de um edifício velho e abandonado. conta-se que não era somente pessoas doentes que iam parar lá mas também mães solteiras em que seus parentes certa "instabilidade emocional" e alguns presos políticos durante as revoltas do regime político. 


Dr Luigi Scabia



Deu nome a um dos edifícios e sobre a sua direção a instituição desenvolveu a criação de lojas, serviços, empresa agrícola, e uma seção judicial. O plano de Scabia era construir uma aldeia independente na qual os pacientes pudessem se sentir livres, mas colocando em prática um plano de trabalho sob medida para cada paciente, a fim de direcionar sua reinserção na sociedade após o fim de seu tratamento. Entre 1902 e 1909, muitos novos pacientes chegaram, e novos pavilhões foram construídos para acomodá-los. Verga, Charcot e Ferri foram os nomes dados aos edifícios - Mas Luigi Scabia aposentou-se em 1934 e morreu pouco tempo depois, optando por ser enterrado no cemitério da instituição junto com os cadáveres de pacientes não reclamados por suas famílias.


Pavilhão Ferri



Podia-se ficar trancado no Ferri ao primeiro sinal de esquizofrenia e até mesmo de acusações morais e de depressão.

abrigava 6.000 pessoas, local com 20 pias e somente 2 banheiros para cada 200 pacientes. O tratamento no pavilhão Ferri eram eletrochoques, venenos administrados com a finalidade de testes, isolamentos e até mesmo imersos em uma tanque cheios de gelo. as enfermeiras eram como se fosse guardas e os quartos dos pacientes tinham grades como se fossem prisões. 

Um dos regulamentos interno do hospital afirmava que as enfermeiras não eram obrigadas a falar com os parentes dos pacientes, dar notícias, saudações e nem podiam levar aos enfermos notícias de fora


Orest Fernando Nannetti - “NOF4”, “NOF” ou “NANOF”





NOF4 refere-se às primeiras letras de seu nome e o número quatro como seu número de identificação no abrigo. Ele gravou sua história, pensamentos religiosos e crimes sofridos e testemunhados ao longo de 180 metros das paredes externas do hospital com uma fivela de seu colete. 

Estas são as primeiras linhas do prontuário iniciado em Volterra em 2 de setembro de 1958 e que acompanhou Nannetti. “Ele parece polido e bem orientado, falador e enfadonho, revela absurdos delírios de dano ou dano em relação à sua pessoa e ideias de grandeza: acredita que é capaz de muitas coisas, e também que aqui é indispensável. Ele está animado, fala muito sobre si mesmo e dorme pouco. ” uma espécie de forma perversa de carteira de identidade.

Nunca nenhum parente visitou Nannetti em Volterra, mas ele escreveu muitas cartas para eles. “Páscoa de 1965: Prezado primo, escrevo este cartão-postal para que você tenha notícias minhas


Os médicos que o examinaram diziam que Nannetti sofria de esquizofrenia e tinha alucinações auditivas. Nannetti faleceu em 1994,na instituição Bianchí.






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